Colegas da UFPI
Dizia o poeta que devemos saber viver o sabor do nosso tempo... Ao debruçar-me na construção deste texto, quedei-me silencioso por um bom tempo e deixei que as lembranças e recordações assomassem à memória, trazendo lances de minha trajetória acadêmica e política ao longo de três décadas, que reconheço entrelaçada e em boa parte tributária da construção acadêmico-política do coletivo chamado universidade, particularmente, a nossa Universidade Federal do Piauí, que estamos ajudando a construir.
Dessa maneira, o entendimento do papel da universidade que almejo passa pelo sentido gramsciano: um espaço aglutinador das diferenças e dos diferentes, arena de disputas filosófico-políticas, construtora ou desmistificadora de propostas de naturezas diversas que circulam no território educacional. Universidade como espaço de ressonância das questões polêmicas do nosso tempo, atinentes ao campo das idéias e às práticas da sociedade brasileira.
Esta nossa construção política foi marcada pelo surgimento da ADUFPI, no início dos anos 80, com o objetivo de constituir-se em um locus de defesa intransigente da Universidade Pública, dentre outras bandeiras de luta do movimento docente. Caracterizou-se, portanto, como uma instituição que daria fôlego aos embates das idéias que se preconizavam, tornando-se o espaço político de nossas conquistas, na verdade, um fórum de debates em torno da construção da nossa utopia social, política e cultural. Portanto, o papel que a ADUFPI, enquanto Seção Sindical do ANDES, filiado à Central Única dos Trabalhadores, desempenhou ao longo de sua trajetória, foi decisivo, inclusive para, juntamente com diversos outros segmentos da sociedade, alçar ao poder um projeto político de bases populares: o Governo Lula.
Neste momento aproxima-se mais uma disputa política em torno da nossa ADUFPI, e aqui neste documento quero manifestar meu apoio ao colega Mario Ângelo e sua equipe. Primeiro pela própria experiência de Mário no movimento sindical e político; segundo, por acreditar que este grupo pode conduzir a ADUFPI ao exercício de seu real papel: a defesa intransigente da Universidade Pública e de qualidade e o fortalecimento do movimento docente; terceiro, por entender que esta equipe terá autonomia política nos encaminhamentos pertinentes às causas dos docentes.
Estou com a Chapa dos Professores e Professoras
Recife, 18 de janeiro de 2010
Prof. João Berchmans de Carvalho Sobrinho
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
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